terça-feira, 5 de abril de 2011

Uso de Tic's no ensino de Física: o caso do Open Movie Editor.

           A educação vive atualmente um paradoxo: a coexistência de um sistema de ensino tradicional com uma sociedade que desenvolve e acumula informações de forma exponencial. A grande quantidade de recursos como animações, simulações, softwares e vídeos disponíveis na internet criam expectativa quanto ao uso da informática como solução dos problemas que afligem o ensino de ciências considerada a “vareta mágica” da educação no século XXI. 
          Considerando o papel fundamental da atividade experimental para a aprendizagem de  ciências, as argumentações apresentadas anteriormente remetem a busca por estratégias alternativas que explorem o fenômeno físico de forma integral, tanto do ponto de vista do envolvimento dos estudantes desde a concepção da própria atividade experimental, quanto do reconhecimento da natureza da ciência e dos aspectos que estruturam esse conhecimento. 


         As novas gerações e suas novas maneiras de lidarem com a informação


          A evolução de tecnologias da informação e comunicação leva ao enfrentamento da escola com a acessibilidade para os alunos de recursos como o celular, a câmera digital e o computador, que deveriam ser incorporados de forma vantajosa às práticas pedagógicas. Em especial no ensino de física, fenômenos podem ser facilmente gravados em vídeo, por professores e/ou alunos, e trabalhados com diversos enfoques: fenomenológico, epistemológico, tecnológico, dentre outros.
Esta estratégia é contemplada em documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais + para o Ensino Médio do Ministério da Educação e o Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil do Ministério da Ciência e Tecnologia. Estes valorizam a produção independente por parte dos estudantes ao alertarem para a necessidade de uso de multimeios em estratégias escolares a fim de facilitar competências esperadas ao final da escolaridade básica, das quais se destaca, na área de Ciências da Natureza e Matemática, a elaboração de comunicação oral ou escrita para relatar, analisar e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, etc. A produção independente de um vídeo pelos próprios estudantes é uma possibilidade de inovação, à medida que representa uma proposta atraente para a sala de aula onde os alunos estão habituados, via de regra, à comunicação unidirecional do professor. O potencial pedagógico da câmera de vídeo reside na possibilidade dos estudantes a utilizarem para externalizar suas idéias, seu pensamento criativo, permitindo produzir imagens de situações físicas representativas dos modelos físicos conceituais previamente escolarizados  e, desta forma, descobrir novas possibilidades de expressão fazer experiências de grupo em um esforço de criação coletiva, experimentar e experimentar-se.



       Exemplo de possível utilização do Open Movie Editor no ensino de Física



solicita-se a produção de um vídeo usando o software livre Open Movie Editor que apresentasse atividades simples de um assunto previamente estudado, as grandezas físicas envolvidas, as interações do sistema, a obtenção de dados de forma qualitativa e/ou quantitativa, e, consequentemente, uma explanação. Quanto à linguagem audiovisual específica, solicitando-se que o vídeo apresentasse os seguintes atributos:

·         sequência lógica;
·          clareza de comunicação (oral, escrita e imagem);
·          autonomia conceitual (autoexplicativo);
·          curta duração (2 a 4 minutos).

É importante salientar que não se pretende avaliar a habilidade instrumental por parte dos estudantes quanto à construção do sistema utilizado. Para tanto, permite-se que eles utilizassem tanto materiais disponíveis no laboratório didático de física da escola como materiais obtidos a baixo custo e construídos por eles.

Uma das vantagens desta estratégia alternativa em relação ao laboratório tradicional é o aumento da responsabilidade assumida pelo estudante na produção do vídeo, que solicita engajamento intelectual através da pesquisa sobre o assunto, levantamento dos conceitos chave e a criação da situação experimental, que será testada, modificada e verificada o quanto for necessário.
Estes elementos são determinantes para a aprendizagem de ciências naturais, principalmente por fazer com que o estudante de forma autônoma busque a compreensão dos conteúdos, reconheça grandezas relevantes que são apresentadas como símbolos abstratos na teoria, entendendo assim a relação entre grandezas físicas e suas medições, e, desta forma, resolva problemas inerentes à situação experimental que ele propôs apresentar filmar.


Referência: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 32, n. 4, 4401 (2010) www.sbfisica.org.br



domingo, 3 de abril de 2011

Vamos dinamizar o ensino colocando todas as boas novidades a disposição de todos!

Olá pessoal, é com grande satisfação que ajudo a divulgar uma importante ferramenta para nós professores e futuros professores, estou dizendo do Centro de referência virtual do professor, entenda um pouco mais sobre tal ferramenta:


CENTRO DE REFERÊNCIA VIRTUAL DO PROFESSOR - CRV é um portal educacional da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Esse portal oferece recursos de apoio ao professor para o planejamento, execução e avaliação das suas atividades de ensino na Educação Básica.
O CRV oferece informações contextualizadas sobre conteúdos e métodos de ensino das disciplinas da Educação Básica, assim como ferramentas para a troca de experiências pedagógicas e trabalho colaborativo através do Fórum de Discussão e do Sistema de Troca de Recursos Educacionais (STR).
O CRV favorece a formação continuada do educador ampliando a sua capacidade de utilização das novas tecnologias da informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem.
São princípios do CRV:
  • O compromisso com a pesquisa, a discussão e a avaliação de discussão e a avaliação de diferentes estratégias educacionais, privilegiando aquelas que incorporam conceitos atuais sobre os processos de cognição e o uso das novas tecnologias da informação e comunicação.
  • O desenvolvimento de metodologias e materiais didáticos que imprimam novo dinamismo ao processo de ensino e aprendizagem tanto no âmbito presencial como a distância.
  • A formação de gerações de educadores conscientes da importância da interface entre educação e comunicação para o desenvolvimento de sua criatividade e sua constante aperfeiçoamento.
  • A redução das desigualdades regionais em relação às condições de ensino, possibilitando a todos os educadores o acesso aos mesmos recursos didáticos

quinta-feira, 31 de março de 2011

O que são tecnologias? Como convivemos com as tecnologias?

A tecnologia está e sempre esteve em quase todos os momentos e lugares da história do ser humano. Sempre particular ao momento específico, a tecnologia de um determinado momento histórico pode não ser considerada ou vista como tecnologia em outro momento posterior mas essa definição de tecnologia é reducionista e não encerra seu conceito e não nos permite afirmar que somente agora vivemos em uma era "tecnológica", o homem transita culturalmente mediado pelas tecnologias que lhe são contemporâneas . As tecnologias estão próxima e presentes, que nem percebemos mais que são coisas naturais. Tecnologias que resultaram por exemplo, em pratos, talheres, panelas,alimentos industrializados, eletrodomésticos, utensílios e muitos outros produtos, equipamentos e processos que foram planejados e construídos para podermos realizar a simples e fundamental tarefa que garante nossa alimentação.
Assim podemos dizer: ao conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade nós chamamos de "tecnologia". E ainda, no dia a dia lidamos constantemente com tecnologias das mais complexas às mais simples e a forma que usamos para lidar com elas se define como "técnicas".
Existem ainda outros tipo de tecnologias que vão além dos equipamentos. Um exemplo: as chamadas "tecnologias da inteligência" (Lévi 1993), construções internalizadas nos espaços da memória das pessoas e que foram criadas pelos homens para avanças no conhecimento e aprender mais. A linguagem oral, a escrita e a linguagem digital (dos computadores) são exemplos paradigmáticos desse tipo de tecnologia.
Estamos vivendo um novo momento tecnológico. A ampliação das possibilidades de comunicação e de informação, por meio de equipamentos como o telefone, a televisão, e o computador, altera nossa forma de viver e de aprender na atualidade. A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos e consequentemente a possibilidade de utilizá-los para a obtenção de informações é um grande desafio para a sociedade atual e para que todos possa ter informações que lhes garantam a utilização confortável das novas tecnologias é preciso um grande esforço educacional. geral.

terça-feira, 29 de março de 2011

Cuidado com o uso de novas tecnologias para o ensino: A metodologia sempre será o fundamental.

A confirmação acima foi relatada no VII Empec na apresentação de um artigo, neste artigo se relata os resultados de um curso para professores promovido na Universidade Federal de São Carlos, focado no uso de ferramentas Web 2.0 para compartilhar conhecimentos sobre Astronomia.
Conhecedores da insuficiente bibliografia disponível para o uso no ensino sobre a astronomia nos ensinos fundamental e médio, foram propostos para esses professores que após uma preparação teórica e prática sobre a astronomia, participariam de oficinas para utilizarem ferramentas Web 2.0 em função da melhoria do ensino de física, dentre as ferramentas utilizadas nestas oficinas podemos citar: jogo de RPG temático em astronomia; produção de blogs; produção de webvídeo usando estruturas narrativas tradicionais; produção e compartilhamento de fotografias e bookmarks de sites da internet.
Ao fim do curso, os professores mostraram-se capazes de utilizar a maioria das ferramentas até mesmo com certa facilidade, conseguiram selecionar conteúdos, localizar fontes de informações confiáveis, relacionar texto e imagem entre outras contribuições para o currículo deles porém, um determinado problema já existente nas nossas salas de aulas permaneciam nas suas estratégias de ensino utilizando as ferramentas Web 2.0, esse problema implica no fato dos professores utilizarem suas metodologias quase sempre tradicionais de ensino para elaboras aulas, projetos entre outros utilizando tais ferramentas. 
A utilização dessas ferramentas aplicadas a planos de aulas elaborados sobre uma perspectiva tradicionalista de nada valia e justificaria o uso de novas tecnologias no ensino de física e assim também no ensino de uma forma geral, o professor deve utilizar tais ferramentas não para facilitar o trabalho que eles já faziam antes mas sim, para por em praticas metodologias que propiciem momentos de discussão, participação, colaboração de todos numa sala de aula.

Para mais detalhes, veja o artigo: www.fae.ufmg.br/abrapec/viempec/7enpec/pdfs/481.pdf